19 de fevereiro de 2009

Maria...

Maria...

Tenho cantado esperanças...
Tenho falado d'amores...
Das saudades e dos sonhos
Com que embalo as minhas dores...

Entre os ventos suspirando
Vagas, tênues harmonias,
Tendes visto como correm
Minhas doidas fantasias.

E eu cuidei que era poesia
Todo esse louco sonhar...
Cuidei saber o que e vida
Só porque sei delirar...

Só porque a noite, dormindo
Ao seio duma visão,
Encontrava algum alivio,
Meu dorido coração,

Cuidei ser amor aquilo
E ser aquilo viver...
Oh! que sonhos que se abraçam
Quando se quer esquecer !

Eram fantasmas que a noite
Trouxe, e o dia já levou...
A luz d'estranha alvorada
Hoje minha alma acordou !

Esquecei aqueles cantos...
Só agora sei falar !
Perdoa-me esses delírios...
Só agora soube amar !

Antero de Quental

5 comentários:

Joana disse...

Obrigada pelo comentário!

Liberdade sim, mas às vezes nem sei como usá-la! :)

Bxinhuuu

Anónimo disse...

Olá gostei de ler este poema do Antero de Quental.Beijinhos.

Aqui - Ali - Acolá disse...

Este poema é defacto muito lindo, ele tem um sentimento muito profundo daquilo que é amor, saudades e sonhos.

Um poema para meditar e ficar em nossa mente..

Bjos a Juky e maria de fátima..

Unknown disse...

Antero de Quental!

Maravilhoso poema!
Bela escolha!

Parabéns!

Mirse

Parapeito disse...

Conheço muito bem este poema de Quental :)
Gostei de o ver aqui...uma optima escolha ...

...E nunca é tarde...para saber o sabor de amar :)