![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Lm8xUsfkQimbj-wGlkbgYFQ6yeDWECCaEfqp_zkT6_AnQKegaaCOF5cB83Ir-_thldjOh_iOAUzg5JPH0aVDIw01Vp81awF3JB1USpXG_9P3H1gQDheqqHoMXaJadZzXLl2oySSkUWhj/s320/1.jpg)
Gritar
Aqui a acção simplifica-se
Derrubei a paisagem inexplicável da mentira
Derrubei os gestos sem luz e os dias impotentes
Lancei por terra os propósitos lidos e ouvidos
Ponho-me a gritar
Todos falavam demasiado baixo falavam e
[escreviam
Demasiado baixo
Fiz retroceder os limites do grito
A acção simplifica-se
Porque eu arrebato à morte essa visão da vida
Que lhe destinava um lugar perante mim
Com um grito
Tantas coisas desapareceram
Que nunca mais voltará a desaparecer
Nada do que merece viver
Estou perfeitamente seguro agora que o Verão
Canta debaixo das portas frias
Sob armaduras opostas
Ardem no meu coração as estações
As estações dos homens os seus astros
Trémulos de tão semelhantes serem
E o meu grito nu sobe um degrau
Da escadaria imensa da alegria
E esse fogo nu que me pesa
Torna a minha força suave e dura
Eis aqui a amadurecer um fruto
Ardendo de frio orvalhado de suor
Eis aqui o lugar generoso
Onde só dormem os que sonham
O tempo está bom gritemos com mais força
Para que os sonhadores durmam melhor
Envoltos em palavras
Que põem o bom tempo nos meus olhos
Estou seguro de que a todo o momento
Filha e avó dos meus amores
Da minha esperança
A felicidade jorra do meu grito
Para a mais alta busca
Um grito de que o meu seja o eco.
Derrubei a paisagem inexplicável da mentira
Derrubei os gestos sem luz e os dias impotentes
Lancei por terra os propósitos lidos e ouvidos
Ponho-me a gritar
Todos falavam demasiado baixo falavam e
[escreviam
Demasiado baixo
Fiz retroceder os limites do grito
A acção simplifica-se
Porque eu arrebato à morte essa visão da vida
Que lhe destinava um lugar perante mim
Com um grito
Tantas coisas desapareceram
Que nunca mais voltará a desaparecer
Nada do que merece viver
Estou perfeitamente seguro agora que o Verão
Canta debaixo das portas frias
Sob armaduras opostas
Ardem no meu coração as estações
As estações dos homens os seus astros
Trémulos de tão semelhantes serem
E o meu grito nu sobe um degrau
Da escadaria imensa da alegria
E esse fogo nu que me pesa
Torna a minha força suave e dura
Eis aqui a amadurecer um fruto
Ardendo de frio orvalhado de suor
Eis aqui o lugar generoso
Onde só dormem os que sonham
O tempo está bom gritemos com mais força
Para que os sonhadores durmam melhor
Envoltos em palavras
Que põem o bom tempo nos meus olhos
Estou seguro de que a todo o momento
Filha e avó dos meus amores
Da minha esperança
A felicidade jorra do meu grito
Para a mais alta busca
Um grito de que o meu seja o eco.
Paul Eluard
7 comentários:
O grito ecoa em alto e bom som...
Exclamando a vida pulsante no mais íntimo do ser.
Um abraço carinhoso!
Tenho um ótimo final de semana
convite para seguir a história de Alice, lá no
--- continuando assim... ---
ainda vai no início...:)
bj
teresa
É preciso gritar para despertat consciências... é preciso gritar poque o mundo já não nos ouve... entrincheirou-se no ruído e na insensibilidade e já não nos escutamos uns aos outros... é preciso gritar para que todos os corações oiçam, porque há causas na vida pelas quais vale a pena lutar.
Beijo e bom fim de semana.
Graça
Linda poesia
beijos
Um grito eco de cor é melhor que um grito eco de dor ...fico feliz em ver este teu alegrar em gritar meu querido.
Não sou do silenciar...nunca fui , o silenciar em mim sempre teve uma alta voz...
Afinal, é aos gritos que nascemos não é mesmo...rs
Bjinhos que te ouvem...
Erikah
Bom diaaaaaaaaaa
Estou um pouco ausente e com saudades.
Beijos & Poesia sempre!
Tu foi quem me fizeste pensar na postagem que hj comentaste e eu que tinha esquecido de te agradece, agora faço..esse foi o meu post de inspiração...que saibas.
Beijinhos
Erikah
Enviar um comentário